sexta-feira, 8 de junho de 2007

décima sétima primavera.


sempre num momento muito breve que tudo se decide: há um passo que se dá, e não um outro qualquer. por vezes abrimos assim a porta do universo.
é um breve momento dentro de nós, que se sente imperceptivelmente.
nesse momento o mundo dá uma volta sobre si mesmo e o que era claro faz-se obscuro, e o obscuro torna-se de tal nitidez que os nossos gestos e palavras parecem não nos pertencer.
algo principia em nós e algo finda, algo nos devolve à calma e à indiferença aparente.
quem te recortou contra a luz, contra a madrugada e a manha e te colocou a par do voo das aves e do vento?
no silêncio dos dias e das florestass, nos barcos que baloiçam no mar prateado da noite, ai estás, só, como um sinal, um som longinquo de um acorde de (do teu) violoncelo.
assim a tua recordação é doce como um misterio, conduzida por ti mesma apartir da alma, fixada na limpidez estática de uma fotografia."

5 comentários:

Vilinha disse...

que lindo... és sabia.

Vilinha disse...

ja li o texto umas quatro vezes... e diz mt coisa com que me identifico...

é engraçada a forma como aprendemos as mesmas lições de formas diferentes... é bonita a forma como percepcionamos o universo num olhar nosso que podia ser dos outros.

tenho aprendido muito contigo. E tu, nem da sabedoria necessitas para me ensinar. Não precisas sequer de pensar, basta-te ser quem és. Mas olha para mim...
verás que o nectar do teu sorriso (a tua influência) provaca esse "breve momento dentro de nós, que se sente imperceptivelmente".

Por vezes é o proprio Deus que nos recorta contra a luz(...) e nos coloca a par do voo das aves e do vento. Outras vezes é Ele manifestado numa das suas infinitas personalidades. Falo de ti, porque me fizeste morrer e nascer de novo. Falo de mim que me deixei fluir no leito das tuas aguas, no lume do teu sangue, para me dissolver entre o vazio da anti-matéria que nos une, e amar de novo. Amar na paz das manhãs tranquilas, ao som desse violoncelo longinquo, que soa em mim como o sussurro da brisa ao passar.

E agora ja respeito o silêncio. Ja sei ouvir sem o peso das paixões, que me agita para dançar.

...Amar sem medos, livre de condicionamentos.

Ultrapassei mais esta prova. Agora só me falta o resto do mundo...

cigana disse...

principezza...nao paras de me surpreender!

(...colei!)

exprimes.te limpidamente e... menina:tambem tu jah estiveste nesse lugar?
(e sempre uma voz que vem de dentro, mais sabia que tu, que te toma por completo e te faz dizer cruamente o que sabias ha algum tempo...depois paz)*

cigana disse...

ui..jah agora: parabens?? :OD

cum atraso e tal, via blog k tamem 'e munito, um parabens cheio de cenas furenz, pk pah mim u're one ov a kind, no doubt...*

ps..nhass, uma decada entre nos, jah bistes.. uahahah, menina, vai e voa pah depois contares*

Anônimo disse...

agora sao dezasseste, e cada ano vão ser mais.. é a lei da vida q parece tornar-se mais deseperante com o passar do tempo. Mas temos as lembranças de quando andávamos de baloiço, de quando as coisas eram realmente simples, para tentarmos ocupar esse vazio que por vezes criamos.