quarta-feira, 27 de junho de 2007

coisas a mais para uma menina do meu tamanho.

venha quem vier.
fique quem ficar.
existindo ou sobrevivendo.
com ou sem fome.
aqui dentro.

medo. medo. medo.

daqui a pouco, dou um passo ate londres.
tu das um passo ate frança.

chora comigo. sem saber porque. mas porque o mundo está incompleto para todos.

danças-me lá!
tenho um pé mole..

conta-me o segredo: dá-me a mao.

so penso em mim e no que está à frente dos meus olhos. ja nao vejo cores, vejo preços. estou má.
ando a chorar tudo o que me vou rir quando começar finalmente, a viver.
perdida.. anda. nao deixo de existir nunca, mas à velocidade do mundo vou trocando de máscaras. quero dançar enquanto como, cheirar o que se ouve, juntar tudo em um. ando atarefada com existir.

alegria. medo. contradições. novidade. pessoas. sexo. cor. tudo. nada. demasia... ansia.

nao somos perfeitos, nao somos a forma eleita como é o circulo. somos nós: bons, menos bons.

nao a percas, vale de mais.
o resto, o resto nao importa nada. ultrapassa. salta.

isto é o que tens. usa.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

comando que eu mando.

se eu vos contasse a hora em que eu vivi.
se eu dissesse o "sim", o "nao sei quem sou", o "estás demais", dizia para todo o mundo, hoje.
hoje amanha e depois, eu prometo.
eu prometo e meto minto os pés pelas maos para o cumprir e fazer existir.
eu assim nao brinco.
sobreviver, a isso é que eu brinco.

e gosto.
"eu nunca brinquei aos médicos."

quinta-feira, 21 de junho de 2007

sempre quiz que me levasses.

e senti-nos mais cumplices quando nos vi com o relógio do mundo nas mãos a viver um pause de todos os seres coloridos da terra pintados numa tela.
o nosso tempo é psicológico.

Amora morena, o Douro só fala de ti, eu vou já
lá fora cai chuva mas cá dentro faz mais sol que no Sará
porque hoje vou voltar a ver-te e contar-te
mais coisas sobre o meu mundo
porque hoje vou poder sentir-te
bem perto, bem fundo

Amora morena, é bom saber que existes
tu sabes-me bem
amora morena, para mim tu tens um gosto
que mais ninguém tem

Agora é o Tejo a dizer-me mais meio caminho e já está!"
e aposto que o dia de amanhã vais ser o dia mais bonito que há
e a bela aurora nos vai encontrar juntos
a salvo do burburinho
então eu vou fechar os olhos
e cantar baixinho

Amora morena, é bom saber que existes
tu sabes-me bem
amora morena, para mim tu tens um gosto
que mais ninguém tem

Amora menina, menina dançando com o vento suão
dançando morena, amora batendo no meu coração
enquanto o meu comboio vai deslizando
nas linhas do meu destino
tu vais chegando sempre mais
mais do que eu imagino

terça-feira, 19 de junho de 2007

"Larga as laranjas e muda de vida. A vida vai mudar contigo."

segunda-feira, 18 de junho de 2007

umbilicalmente


"quero ir ao pé de mim
junto à alcateia
no munir da grande encosta

- umbilicalmente- Os fins de tarde são nossos.

eu não quero saber qual é o teu país

nos fins envolver-te em ervas.

e falar-te dos animais debaixo do chão."

terça-feira, 12 de junho de 2007

de novo?


lembrem-nos pelas ruas.
lembrem-me nas notas dele.
lembrem-no nos meus pés,
e nos passos em roda que eles dão.
lembrem-nos em ângulos agudos.
lembrem-no sempre comigo.
lembrem-nos num equilibrio de 3 patas.
lembrem-me em sintonia.
lembrem-no sozinho.
lembrem-no a dois.
lembrem-nos tao eternos como efémeros.

lembrem-nos capicuas, porque somos.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

eu, companheira.


em pontas na balança que dita a sina.
sem cuécas no metro que te carrega o sono.
com um sorriso que nao usavas á dias.
óculos que tapavam a noite que se pôs.
saltos e palavras de ordem ditas pela noite fora.
eu estive:
abraçada á menina dos cabelos laranja.

décima sétima primavera.


sempre num momento muito breve que tudo se decide: há um passo que se dá, e não um outro qualquer. por vezes abrimos assim a porta do universo.
é um breve momento dentro de nós, que se sente imperceptivelmente.
nesse momento o mundo dá uma volta sobre si mesmo e o que era claro faz-se obscuro, e o obscuro torna-se de tal nitidez que os nossos gestos e palavras parecem não nos pertencer.
algo principia em nós e algo finda, algo nos devolve à calma e à indiferença aparente.
quem te recortou contra a luz, contra a madrugada e a manha e te colocou a par do voo das aves e do vento?
no silêncio dos dias e das florestass, nos barcos que baloiçam no mar prateado da noite, ai estás, só, como um sinal, um som longinquo de um acorde de (do teu) violoncelo.
assim a tua recordação é doce como um misterio, conduzida por ti mesma apartir da alma, fixada na limpidez estática de uma fotografia."

quinta-feira, 7 de junho de 2007

cristalizações

faz frio
como
em pé
não
bom tempo.
a sua
(barba)
e nesse
(rude mês)
eu julgo-me
negrejam
povo!
do escuro
donde
(ela vem!)
e aos outros
mas fina
(de feições)
como
porém, desempenhando o seu papel na peça.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

"t'aro(t)?"

ela tirou do montinho mais uma carta.
era (o meu) três de paus.